O que é doença arterial obstrutiva crônica?

A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP), é uma situação que ocorre em virtude do estreitamento ou obstrução dos vasos sanguíneos arteriais, responsáveis por levar o sangue do coração para nutrir as extremidades como braços e pernas. Quando as artérias estão obstruídas, ocorre uma dificuldade da progressão do sangue, oxigênio e nutrientes para os tecidos dos membros como músculos, nervos, ossos e pele.

Qual a causa da doença arterial?

A causa mais comum desta doença é a aterosclerose, fenômeno em que ocorre o acúmulo de placas de ateroma (gordura, proteínas, cálcio e células da inflamação) na parede dos vasos sanguíneos. Entenda quais são os  principais fatores de risco associados a esta condição são:

Quais são os sintomas da doença arterial?

O principal sintoma é a dificuldade para caminhar e outras atividades, conhecida como claudicação intermitente. Exemplo: o paciente após caminhar 100 metros, sente dor intensa na panturrilha  (batata da perna) e é obrigado a interromper a caminhada. Depois de alguns minutos de repouso a dor passa e ele retorna a caminhada.

Confira abaixo mais sintomas:

  • Escassez de pelos nas pernas.
  • Úlceras (feridas) dolorosas nos pés ou dedos dos pés (geralmente escurecidas, com aspecto de tecidos desvitalizados).
  • Palidez da pele ou cor azulada/arroxeada nos dedos ou nos pés (cianose).
  • Redução da temperatura das pernas, formigamentos.
  • Músculos da panturrilha com hipotrofia (menos desenvolvidos).
  • Unhas dos dedos dos pés quebradiças.
  • Disfunção erétil no sexo masculino (impotência sexual).
  • Nos casos mais avançados pode ocorrer dor nas pernas mesmo quando em repouso, obrigando o paciente a permanecer com o membro pendente.

Como é feito o diagnóstico da doença arterial?

O diagnóstico é feito pela história do paciente e o exame clínico incluindo a palpação dos pulsos. Além disso podemos utilizar o ultrassom doppler arterial, angiotomografia e angioressonância como exames complementares.

Como é realizado o tratamento da doença arterial?

Nos casos mais leves, com pacientes claudicantes sem lesões nos membros, orientações quanto à atividade física e mudança de hábitos de vida como: cessação do tabagismo, mudança de hábitos alimentares, controle adequado da pressão arterial, controle dos níveis sanguíneos de colesterol e triglicérides e, quando presente também, rigoroso controle do diabetes. Podem ser usados medicamentos vasodilatadores (cilostazol), antiagregantes plaquetários (AAS) e estatinas (atorvastatina). 

Os pacientes com feridas e casos mais graves de claudicação, exigem intervenção cirúrgica aberta (pontes de safena) ou por técnica endovascular (angioplastias).  Isto permitirá a restauração do fluxo sanguíneo melhorando a dor nas pernas e cicatrizando rapidamente as lesões isquêmicas como úlceras.